Quais são as principais doenças ocupacionais no Brasil?
- ExperMed Perícias
- 4 de mai. de 2022
- 3 min de leitura

Problemas de saúde contraídos após a exposição a fatores de risco decorrentes da atividade do trabalho. Assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define doenças ocupacionais. No Brasil, de acordo com a Secretaria da Previdência, do Ministério da Economia, em 2019 foram registrados 193,6 mil afastamentos relacionados a acidentes ou doenças de trabalho. No Brasil, a incidência de doenças ocupacionais ainda é alta, o que demanda maior atenção dos empregadores. Abaixo, listamos as 5 principais doenças ocupacionais do país, as causas e as formas de prevenção. Acompanhe:
1) Transtorno de ansiedade e depressão
Muitas vezes, as doenças ocupacionais decorrentes de motivos psicológicos são negligenciadas, embora sejam bastante frequentes. Casos de ansiedade e depressão em trabalhadores são recorrentes, a exemplo de transtornos mentais, entre outros. Os principais sintomas são:
Tristeza
Irritabilidade
Taquicardia
Preocupação em excesso
Ausência de prazer nas atividades
Falta de motivação
No caso das doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho, elas surgem no ambiente laboral e incluem situações como: excesso de trabalho, desmotivação, falta de reconhecimento, entre outros aspectos.
Como prevenção para evitar essas condições, podemos citar:
Incentivo às boas relações
Investimento na figura do líder
Estabelecimento de metas
Melhorias na comunicação interna
Criação de programas de reconhecimento profissional
2) LER e DORTs
Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares são condições muito frequentes quando se trata de doença ocupacional. No entanto, a segunda sempre está relacionada ao trabalho, enquanto a primeira pode ter causas externas. Os principais sintomas são:
Tendinite
Bursite
Dor intensa em articulações e músculos
Formigamento
Síndrome do Túnel do Carpo
Entre as causas, estão a postura inadequada, movimentos repetitivos e esforços excessivos. Formas de prevenção incluem:
Investir em ergonomia
Implementar pausas regulares
Fazer atividade física e alongamentos
3) Burnout
A síndrome do esgotamento profissional ou síndrome do burnout é causada pela exaustão causada pelo trabalho. Geralmente, é resultante de situações de tensão e acúmulo de estresse.
De acordo com a intensidade da condição, o paciente apresenta os seguintes sintomas:
Cansaço/fadiga física e mental
Alterações frequentes de humor
Dificuldade de concentração
Falta de cuidados com as próprias necessidades
Apatia/desânimo
Isolamento
A síndrome de burnout tem extrema ligação com o ambiente de trabalho e envolve aspectos como: pressão, metas, clima organizacional e prejuízos emocionais. Medidas de prevenção são importantes. Vamos a elas:
Evitar excesso de trabalho
Ter metas realistas na empresa
Participar de ações para melhorar o clima organizacional da empresa
Trabalhar em um local com estrutura adequada de trabalho
4) Doenças respiratórias (Asma ocupacional e antracose)
Há várias doenças respiratórias que se desenvolvem a partir das condições de trabalho. É o caso, por exemplo, da asma ocupacional e da antracose (uma lesão no pulmão causada pela inalação de pequeníssimas partículas de carvão ou de poeira que se alojam ao longo do sistema respiratório).
Os sintomas são similares:
Falta de ar
Tosse
Cansaço excessivo
Chiado no peito
Reações alérgicas
Entre as causas mais comuns estão a exposição a agentes de risco, como elementos químicos, poeira, determinadas partículas expelidas no ar.
Algumas dicas de prevenção são importantes: uso de exaustores e climatizadores, melhora nos equipamentos de proteção individual e coletiva; substituição de agentes de risco; redução na emissão de gases e partículas prejudiciais.
5) Perda auditiva
Os transtornos auditivos também são recorrentes quando se fala em doenças ocupacionais. A exposição a ruídos excessivos e/ou de maneira contínua são algumas das causas. Entre os principais sintomas, estão:
Dores de cabeça
Zumbido nos ouvidos
Irritabilidade
Tontura
Intolerância ou desconforto diante de sons intensos
Necessidade de aumentar o volume ou pedir às pessoas que falem mais alto
Em relação à prevenção, é recomendável reavaliar os ambientes e buscar meios de isolar os ruídos. O investimento em melhores equipamentos de proteção e evitar a exposição excessiva dos trabalhadores aos agentes de risco são boas dicas.
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